Gilvania do Monte
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Quero antes a língua falada nos mercados públicos, nas feiras, aquela língua que é espontânea e cheia de expressividade.  Quero antes a língua falada debaixo dos lençóis, língua descarada, despudorada, cheia de vigor e de vontade.  Prefiro a língua falada entre os jovens, plena de gírias e rica de vida, de jovialidade.  Não quero a língua rebuscada, a língua cheia de normas, às quais ficamos presos.  Quero antes a língua descontraída das conversas nos bares, cheias de pura filosofia barata, que traduz a vida como ela é.  Quero antes uma língua viva, que nós possamos conduzi-la, e não o contrário.  Quero, antes de tudo, transformar essa língua, criar neologismos e jogar fora os arcaísmos, os bagulhos que não se falam mais...  Abaixo a ditadura das normas gramaticais!



Gilvania Candeia, 05.12.2010
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 16/01/2011
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