Gilvania do Monte
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Na boate



Quando eu estudava na UFPB, eu tinha o quê, meus 22 anos, saía com a turma da faculdade para a boate Acrópolis (que hoje nem existe mais).  Era ali, bem pertinho do Hotel Tambaú.  A boate abria de meia-noite e fechava às 5 ou 6 da manhã.  A gente dançava a noite inteirinha, só com o objetivo exclusivo de dançar mesmo, se divertir.  A mesma turma que entrava, saía juntinha, ninguém ficava com ninguém, era uma diversão "sadia", como se diz.  Numa dessa noites adivinha quem apareceu lá?  A Vera Fisher, agora imagina aí a minha cara de boba quando eu vi aquela deusa da beleza, linda, entrar na boate!  Foi um acontecimento, a boate parou geral.
A gente costumava entrar na boate de meia-noite e sair às 5 ou 5:30 e de lá a gente ia direto por Restaurante Mangai, tomar café da manhã.  O Mangai existe até hoje.  Quando a gente chegava antes das seis, a gente ficava na porta, esperando, até abrir.  Depois que tomávamos o café, quem tinha carro levava quem não tinha carro (eu nem sonhava em ter carro) para casa.  E daí eu dormia até 1 ou duas horas da tarde, sem maiores preocupações.  Não havia esse medo de ficar até tarde da noite na rua, a gente não sentia esse clima de violência que existe hoje.  Hoje em dia os bares de João Pessoa fecham bem mais cedo e as pessoas não se aventuram mais em ficar até tarde da noite por aí.  Da turma nunca mais vi ninguém, uns casaram, outros foram morar em outras cidades e outros perdi totalmente o contato.  Ô tempo bom aquele, que não volta mais, viu?  Sinto muita saudade da minha turma, uma turma muito unida, coisa difícil de se ver hoje em dia.     
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 15/10/2011
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