Gilvania do Monte
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Análise do texto aos porões o sempre









O texto Aos porões o sempre relata a história de um homem enclausurado em sua tristeza e sua alma corroída pela culpa por ter assassinado um casal de jornalistas na época da ditadura, deixando a filha do casal órfã ainda pequena.  Com o passar dos anos, esta mesma moça o encontra enclausurado em seu quarto escuro e sombrio em uma casa de repouso.  Trata-se de uma história comovente, onde a moça se aproxima do carrasco de seus pais no intuito de de lhe mostrar quanto mal ele fez a si mesma assassinando os mesmos.  No início ela se aproxima dele levando-lhe para passear, mostrando-lhe o lado belo da vida, inflando nele a esperança e o amor que a ela foram ausentes pela ausência dos pais.  Num momento em que ele se sentia frágil e à vontade com um sentimento renovado de amor no coração , a moça começa a lhe mostrar as fotos dos seus pais mortos, brutalmente assassinados por ele, em momentos de extrema sensibilidade, acusando, silenciosamente, suas tristes intenções de desabafo pelo ocorrido.  Trata-se de uma história policial, onde ocorre um crime brutal.  Quando o homem percebe quem a moça é, passa "um filme" pela sua cabeça e ele começa a sentir-se como se estivesse sendo torturado, só que sem violência alguma, tocado e mortificado pela fria sensação da culpa em sua alma.  A moça da vingança, como é descrita na narrativa, caracterizada como uma pessoa de intenções veladas, friamente o beija na testa na intenção, mais de ferir do que consolar, aparentando ser uma pessoa vitimada pelo rancor e pela tristeza sem fim, assim como o homem parece ter ficado também condenado à uma tristeza sem fim, pois após este episódio ele ficou "mais morto do que vivo", afundando-se ainda mais em seu vazio e solidão, como um sentimento que não tivesse cura.  O texto mostra o sentimento de culpa como um grilhão da alma, onde se sente uma carga emotiva de frieza e solidão.  O texto apresenta uma linguagem coesa e coerente, apesar de, muitas vezes, faltar conectivos.  O título, apesar de incompreensível no início, é claramente compreendido ao final da leitura, dando uma ideia de que o porão é onde fica a essência de nossa alma, nossas coisas guardadas, às vezes por anos enclausuradas, muitas vezes sombrias.  A intenção do autor parece passar a ideia de que os personagens, apesar de se encontrarem durante muitos anos depois, não conseguem a redenção de suas almas, como se estivessem condenadas à eterna escuridão e solidão, vitimadas e ligadas por um mesmo triste destino.































Texto escrito como forma de pagamento da minha especialização em Língua, Linguagem e Literatura, a ser ainda revisado pelo meu professor
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 08/12/2016
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