Dor_mente
...E não venho te sentindo
A cada dia nos vejo sumindo
Mudando nossa partilhada essência
Pois os sonhos a que pertencemos
Estão cada dia mais pulverizados
Distantes, etéreos, soltos pelo ar
E vais escorrendo pelos meus dedos
Direto do meu coração, meu degredo
Tento te segurar à unha, com sofreguidão
Tudo em vão
Ficas cada vez mais líquido, mais gasoso
Necessito da tua carne, do teu sangue
De teu calor, de tua vida, comigo
Visceralmente aqui
Mas se esvais de mim
Feito um gelo num copo de gim
Ao te perder, perdi-me de mim.