Enganação de mim
Ando enganando o meu corpo
Com dedos famintos e loucos
E algumas fantasias inconfessáveis
Escrevo meus versos entre destroços
Pois quando tua alma se desfez da minha
Deixou-me só gélida realidade
Mas ando à tua procura vez em quando
Pelas noites frias desse meu agosto
Como quem quer morrer de amor
Volta, e me traz a boca tua
Despe minha alma tão sedenta
E injeta-me teu veneno e tua cura.