Pois é, né
Pois é, né, Doutor
O dia da mulher findou
E o amor nem deu as caras
Nada de novo no front
Nada para festejar de bom
Não veio o florista
O carteiro também não veio
O jornal não deu notícia
A bandinha de música não tocou
Também não me mandaram nem um e-mail
Ligação de celular nem pensar
Muito menos bombons de alcaçuz, dos quais gosto tanto, pra me agradar
Ora, vejam só, que cruz
Nada, nenhuma graça
Nem sinais de fumaça
Amanheceu
Entardeceu
Anoiteceu
Nada nem ninguém...
Só apareceu aqui mesmo um inusitado personal trainer mandando eu ir caminhar, preocupado com a minha saúde
Vá lá, moça,
Caminhar faz bem...
Mas seu Doutor, ora, veja bem...
Caminhar pra quê?
Pra onde?
Se me falta o Amor!?
Não é triste essa total falta de ser zen?
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 09/03/2013
Alterado em 09/03/2013