Poema manco
O meu poema está manco
Com medo de caminhar
Ele tem vontade tanta de seguir
Mas, com medo de sofrer e de se iludir
Já não anda, em mim desanda,
Nas linhas do meu poetar
O meu poema está manco
Ele tem uma vontade ferrenha de ser feliz
Mas o que ele me diz, vez em quando,
É que eu não insista, resista
Às tentações do mundo
Pelo menos por enquanto
O meu poema está manco
Vez em quando ele tropeça e cai
Nas cordas do meu coração ele me diz
Coitadinho, o desinfeliz,
Que eu não tente me apaixonar jamais.
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 27/02/2014
Alterado em 27/02/2014