Poema fanho
O que ficou em mim foi um poema fanho
Um olhar perdido, um desejo sem tamanho
Uma frustração, uma quebra de contrato
De ter me esfregado e de não ter gozado
Uma paixão doida, um verdadeiro distrato
Um poema lânguido que se perdeu na ânsia louca
O que ficou em mim foi o desejo de pecado
E de algo que me preenchesse a minha boca
Quão incompetente foi este meu Eu
Não fomos felizes, nem você, nem eu.