Gilvania do Monte
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Textos
O dilema moral de Heinz












 
          Este é um caso complexo, mas não tão trágico como O Caso dos Exploradores de Cavernas, de Lon L. Fuller, no qual se assassinou um indivíduo para alimentar a vida de quatro homens.
          Inicialmente, analisando o dilema moral de Heinz, penso que moralmente ambos erraram, tanto Heinz quanto o farmacêutico, uma vez que Heinz infringiu a lei dos homens e o farmacêutico não foi solidário com a mulher, sendo ganancioso, anômico e egoísta e que o farmacêutico incorreu indiretamente no crime de roubo de Heinz, tornando-se um provável homicida indireto.  A vida humana vale mais do que o dinheiro.
          Diante do ponto de vista da religião, sabemos que um dos dez mandamentos das tábuas da Lei é não roubar, mandamentos estes que estão elencados na Bíblia.  Diante do exposto, Heinz seria culpado pela prática do roubo.
          Do ponto de vista da ética, o farmacêutico errou, pois como ele é um homem devotado à saúde, não poderia se opor a vender o remédio pela metade do preço, uma vez que a vida humana é o objetivo primordial do comércio de fórmulas e remédios.  O farmacêutico não teve um comportamento ético-profissional. 
               Do ponto de vista do Direito, ambos erraram, pois Heinz não tinha o direito legal de roubar a fórmula e o farmacêutico não tinha o direito de deixar de salvar uma vida humana, negando a Heinz a venda de um medicamento superfaturado. 
               Acredito que Heinz agiu por impulso, desespero e amor à esposa, que estava à beira da morte, e só havia a fórmula como única solução para o seu dilema, mesmo se valendo de uma prática criminosa.  Paradoxalmente, foi por amor que Heinz incorreu na prática do delito.





Escrito por mim, aluna de Direito do P1. 
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 07/09/2020
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