madrugada fria, letargia
Quando todos dormem
o que me sobra?
madrugada fria
agonia, letargia
chove na cidade
os ossos doem com vontade
um silêncio sepulcral
eu sozinha, comigo mesma
numa noite espectral
a lâmina do frio é como aço
me corta
eu sinto calafrios
a dor e o frio me fazem sentir-me morta
eu, em minha casa de gelo,
me arrepio dos pés aos cabelos.
Gilvania do Monte
Enviado por Gilvania do Monte em 10/08/2021
Alterado em 10/08/2021